COMUNICAÇÃO E REDAÇÃO EMPRESARIAL

COMUNICAÇÃO E REDAÇÃO EMPRESARIAL



I.       LINGUAGEM, COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO

     Literatura é linguagem, é a arte da palavra.
     A comunicação ocorre quando interagimos com outras pessoas utilizando linguagem.
     Linguagem: palavras, gestos, movimentos, expressões corporais e faciais.
     Linguagem é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si.
     Linguagem verbal: palavra (falada ou escrita).
     Linguagem não-verbal: música, dança, mímica, pintura, fotografia, escultura...
     Linguagem mista: história em quadrinho, cinema, teatro, programas de TV...
     Linguagem digital: informações em meios eletrônicos (computador).
    Interlocutores são as pessoas que participam do processo de interação por meio da linguagem.
Locutor: o que produz a linguagem; Locutário: o que recebe a linguagem > ambos são interlocutores.
A língua portuguesa é um código verbal. Código é um conjunto de sinais convencionados socialmente para a construção e a transmissão de mensagens: palavra, sinais de trânsito, buzinas de automóveis, código Morse... Os códigos são utilizados para comunicar com rapidez.
O cartum é uma espécie de desenho humorístico ou anedota gráfica cujo objetivo é divertir o leitor e quase sempre fazer uma crítica a um tema da realidade.
Língua é um código formado por signos (palavras) e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si.
A Língua Portuguesa é falada em: Portugal, Brasil Moçambique, Angola, Cabo Verde, Macau, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste (9 países).
Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Variedade padrão, língua padrão ou norma culta é a variedade linguística de maior prestígio social (livros, jornais, revistas, TV...). Variedade não padrão ou língua não padrão são todas as variedades linguísticas diferentes da padrão (gíria, regional...). A gíria é uma das variedades da língua. Quando restrita a uma profissão: JARGÃO.

1.                 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:



1.1.           VARIAÇÃO SÓCIO-CULTURAL

Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.

Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:

Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade



CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)







1.2.             VARIAÇÕES GEOGRÁFICAS

São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.

1.3.             VARIAÇÕES HISTÓRICAS

Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fundamenta pela supressão dos vocábulos.

Analisemos, pois, o fragmento exposto:

Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade

Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.

2.                 TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO

2.1. TEXTO LITERÁRIO

O texto literário é aquele em que não necessariamente deva conter rimas, versos e palavras diferentes das que usamos no cotidiano e nem falar de um mundo imaginário, distante da realidade em que vivemos. Para ser literário, o texto deve apresentar uma linguagem literária, ou seja, uma linguagem expressiva, conotativa, poética e emotiva. A função de linguagem predominante é a poética.
Ex: Texto:

O BICHO (MANUEL BANDEIRA)O BICHO
Vi ontem um bicho. Na imundície do pátio. Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem!(Manuel Bandeira)

2.2. TEXTO NÃO LITERÁRIO

O texto não literário ou texto utilitário é informativo, possui uma linguagem objetiva e impessoal, seu objetivo é transmitir conteúdos e a função de linguagem predominante é a referencial.
Ex. Texto:



DESCUIDAR DO LIXO É SUJEIRA

Diariamente duas horas antes da chegada do caminhão da Prefeitura, a gerência (de uma das filiais do Mac Donald) deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão 
.(Veja. São Paulo – 23/12/1992).


2.3 EM SINTASE













3.                 REDAÇÃO COMERCIAL E EMPRESARIAL

1.1.           A LINGUAGEM NO UNIVERSO PROFISSIONAL

O objetivo nesta unidade é avaliar os usos que se têm feito da linguagem no universo das relações profissionais e propor algumas modalidades de textos técnicos, como o relatório técnico – científico. A grande quantidade de erros cometidos pelos executivos no dia-a-dia, até mesmo em multinacionais é grande. “Alguns parecem piada, mas definitivamente não dá par rir de uma situação assim”, afirma a consultora Sandra Regina Gouveia Moreira, 36, da Manager. Segundo ela, a forma como o profissional escreve e fala é avaliada nos processos de seleção. “Mas isso ainda não e uma exigência frequente das empresas, explica a consultora”. Outra dica para quem quer praticar o português é não se limitar à leitura de textos técnicos. “É importante ler de tudo, romances, contos, jornais. Isso amplia o vocabulário, e a pessoa pensa sobre outros assuntos”,diz. Mas ela alerta para um fator importante: o prazer da leitura. Marli diz que não adianta ler de maneira compulsiva apenas por obrigação. “A atividade tem que ser prazerosa. Se não for, muito do conhecimento se perde”.

4.                 ESTILO

Para melhorar o estilo técnico, é necessário evitar: Os clichês – palavras “pobres” e de sentido genérico ou desgastado pelo abuso. Expressões pleonásticas como: referência supracitada, como dissemos acima, pela presente vem através desta, tomamos a liberdade de etc. Expressões consideradas obsoletas como: conforme o assunto ventilado, passo as suas mãos, outrossim, sem mais para o momento, de conformidade quanto ao solicitado, etc. O uso de barra para separar datas abreviadas: 17/08/98 prefira 17-08-98. Embora a primeira forma não esteja errada, tem-se optado pela segunda por facilitar a visualização. Uso de abreviaturas internas em correspondências externas, a menos que você tenha certeza de que seu destinatário conhece o significado. Frases muito longas ou curtas demais.


5.                 REVISÃO CUIDADOSA AJUDA A EVITAR GAFES

Colocar o conhecimento à prova pode ser a melhor maneira de evitar erros graves. Mas como fazer isso? Basta pedir que outras pessoas leiam o que escreveu. Se a informação for confidencial, uma dica é ler e reler, com calma, tudo o que for escrito, até mesmo mensagens eletrônicas. “Os e-mails oferecem muito mais risco de erros porque a linguagem é informal e as pessoas não se preocupam em revisá-los”, diz Laurinha Grion, consultora de português do SENAC. Texto deve ser correto e coerente Pasquale Cipro Neto – Colunista da Folha O candidato a um emprego certamente sabe que a língua escrita é diferente da falada. E, muitas vezes, é aí que a roda pega. Na ânsia de mostrar refinamento, exagera no rococó e acaba usando expressões com as quais muitas vezes não tem intimidade. E aí...Bem ou mal, o texto é um cartão de visita. Parece recomendável, pois, tomar cuidado para não escorregar. No aspecto gramatical, merecem atenção especial os itens básicos, com concordância (“Houveram muitos problemas na economia do país neste ano” – o correto é “houve”; “Fazem muitos anos que desejo um emprego como este” – o certo é “faz”), ortografia (previlégio, discreção, reinvindicar – o correto é privilégio, discrição, reivindicar), regência (“Não me simpatizo com essa tese” – o correto é “Não simpatizo com essa tese”) etc. É bom fugir de expressões desgastadas, como o enfadonho” a nível de”, e de modismos de gosto e eficiência duvidosos. Exemplos não faltam. Um deles – atualíssimo – é o exagero no emprego do verbo “estar” associado a gerúndio (“A empresa vai estar enfrentando novos tempos”; “Vou estar me preparando para esse desafio”; “Gostaria muito de poder estar participando do processo”). Outro modismo é o uso do pronome “você” que não se refere ao interlocutor (“Quando você vive um período de transformações como oque está ocorrendo...”; “Hoje em dia, para você conseguir um bom emprego...”; “Você precisa se reciclar constantemente para poder estar acompanhando a evolução do mercado de trabalho”; “Quando você fica sem emprego, sua vida fica sem rumo”). É necessário ter em mente que um bom texto é claro, direto, simples, correto e – sobretudo – coerente e coeso. “Tenho fluência em inglês básico” é um bom exemplo de texto desconexo. Ter fluência em uma língua pressupõe ir muito além do básico. Não se trata de saber se a frase está certa ou errada. O problema é que ela evidencia raciocínio torto, mal articulado, o que pode ser decisivo para o futuro do candidato. É isso.

6.                 INGLÊS TEM MAIS PESO NA CONTRATAÇÃO DE CANDIDATOS

Falar e escrever corretamente o português pode parecer requisito mínimo pedido por qualquer empresa na hora de contratar um funcionário, mas não é. Os programas de seleção para executivos, por exemplo, exigem que os candidatos desenvolvam textos e passem por entrevistas. Mas nem sempre falhas gramaticais imperdoáveis desclassificam um profissional que tenha inglês fluente e domínio técnico em sua área de atuação. “É impressionante a quantidade de currículos e cartas de apresentação que chegam com problemas. Muito não tem o menor sentido ou apresentam erros graves de gramática”, explica Jonathan Duran. Segundo ele, os profissionais não conseguem escrever de maneira objetiva e, na tentativa de “enfeitar” o texto, acabam pecando pelo exagero.

7. FUNÇÕES DA LINGUAGEM

7.1. Função referencial ou denotativa

Transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.

Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.

7.2. Função emotiva ou expressiva

O objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.

Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)

7.3. Função conativa ou apelativa

O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.

Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!

7.4. Função fática

O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.



7.5. Função metalinguística

Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja:

“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”

Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.


7.6. Função poética

O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música.

Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0

Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.

8. A DENOTAÇÃO E A CONOTAÇÃO NA LINGUAGEM

A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos:

A menina está com a cara toda pintada.
Aquele cara parece suspeito.

No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".

Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação.

Veja: Marcos quebrou a cara.

Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.

Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:

a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.

b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.

Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana também é comum  a exploração do sentido conotativo, como consequência da nossa forte carga de afetividade e expressividade.

9.TIPOLOGIA DE TEXTOS - DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO

 9.1. Descrição

Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É "fotografar" com palavras.

No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais comuns) são os VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características - representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos seres  caracterizados - representados pelos SUBSTANTIVOS.

Ex. O pássaro é azul . 1-Caractarizado: pássaro / 2-Caracterizador ou característica: azul / O verbo que liga 1 com 2 : é

Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descreve e que se referem às características não-físicas do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo! (caracterização subjetiva).  

 9.1.1. Descrição Técnica

A descrição técnica é uma redação descritiva que visa registrar de forma objetiva as características de um objeto concreto - um aparelho, um lugar ou uma situação real. Portanto, seu autor deve ter um senso observação apurado, rigoroso e preciso. Deve se preocupar em definir o objeto em questão em detalhes quanto à forma, ao tamanho, às cores, às suas funções, etc. Como a descrição é técnica, opiniões pessoais não são necessárias e, como em qualquer outro tipo de redação, o que não é necessário deve ser evitado.

Eis abaixo um exemplo de descrição técnica:

Sabe-se que, ao mudar o meio em que a luz se propaga, alteram-se também o comprimento de onda e a propagação. Tendo como referência as características apresentadas pela luz no vácuo, o parâmetro chamado "índice de refração" mede essas alterações e permite ainda caracterizar a absorção de luz pelo material. No entanto, com a descoberta do laser, tornou-se possível constatar que esse índice não é propriedade invariável dos materiais, pois depende também da intensidade da luz incidente. 
Recentemente se tornaram conhecidos novos materiais que apresentam uma variação apreciável do índice de refração mesmo para campos luminosos pouco intensos. Essas descobertas apresentam grande variedade de aplicações, seja na amplificação de imagens ópticas, no reconhecimento de formas (usados na robótica), etc.
- "Hologramas Dinâmicos e Espelhos Conjugados" - Revista "Ciência Hoje", no. 22, pg. 16.


 9.1.2. DESCRIÇÃO OBJETIVA

descrição objetiva é aquela apresenta o objeto de forma concreta, buscando maior proximidade com a realidade, deixando de lado as impressões do observador. Apresenta características como: forma, tamanho, peso, cor, espessura, volume, etc.
A descrição objetiva preocupa-se com a exatidão dos detalhes e com a precisão dos vocábulos.

Exemplo:
“Mônica tem 1,65 de altura e 50 kg. Branca, olhos claros, cabelos castanhos, compridos e lisos.”

 9.2. NARRAÇÃO

O texto narrativo caracteriza-se pelo relato de fatos retratados por uma sequência de ações, relacionadas a um determinado acontecimento, podendo ser estes fatos reais ou fictícios. 

Para que este relato seja algo dotado de sentido, o mesmo dispõe-se de alguns elementos que desempenham funções primordiais. Representando-os, figuram-se os personagens, peças fundamentais para a composição da história, narrador, espaço, tempo e enredo propriamente dito, ou seja, o assunto sobre o qual se trata. 

Dentre aqueles caracterizados como narrativos, destacam-se os contos, novelas, romances, algumas crônicas, poemas narrativos, histórias em quadrinhos, piadas, letras musicais, entre outros. 

Como anteriormente mencionado, os elementos que constituem a referida modalidade são dotados de funções específicas, e para que possamos compreendê-las de modo efetivo, as analisaremos minuciosamente:

Personagens

Constituem os seres que participam da narrativa, interagindo-se com o leitor de acordo com o modo de ser e de agir. Algumas ocupando lugar de destaque, também chamadas protagonistas, outras se opondo a elas, denominadas de antagonistas. As demais caracterizam-se como secundárias. 

Tempo

Retrata o momento em que ocorrem os fatos (manhã, tarde, noite, na primavera, em dia chuvoso). O mesmo pode ser cronológico, ou seja, determinado por horas e datas, revelado por acontecimentos dispostos numa ordem sequencial e linear - início, meio e fim; e psicológico, aquele ligado às emoções e sentimentos, caracterizado pelas lembranças dos personagens, reveladas por momentos imprecisos, fundindo-se em presente, passado e futuro.

Espaço

É o lugar onde se passa toda a trama. Algumas vezes é apenas sugerido no intuito de aguçar a mente do leitor, outras, para caracterizar os personagens de forma contundente. Dependendo do enredo, a caracterização do mesmo torna-se de fundamental importância, como, por exemplo, os romances regionalistas.

Narrador 

Ele funciona como um mediador entre a história que ora é narrada e o leitor (ou ouvinte). Sua perspectiva, aliada a seu ponto de vista e ao modo pelo qual organiza tudo aquilo que conta, são fatores decisivos para a constituição da história. 

A maneira pela qual o narrador se situa em relação ao que está narrando denomina-se como foco narrativo. E, basicamente, há três tipos:

Narrador-personagem - Narrando em 1ª pessoa, ele participa da história, relatando os fatos a partir de sua ótica, predominando as impressões pessoais e a visão parcial dos fatos. 

Narrador-observador – Ele revela ao leitor somente os fatos que consegue observar, relatando-os em 3ª pessoa.

Narrador-onisciente – Além de observar, ele sabe e revela tudo sobre o enredo e os personagens, até mesmo seus pensamentos mais íntimos, como também detalhes que até mesmo eles não sabem. Em virtude de estar presente em toda parte, é também chamado de onipresente, o que lhe permite observar o desenrolar dos acontecimentos em qualquer espaço que ocorram. 
Algumas vezes limita-se a observá-los de forma objetiva, em outras, emite opiniões e julgamento de valor acerca do assunto. 

Enredo 

É o conjunto de incidentes que constituem a ação da narrativa. Todo enredo é composto por um conflito vivido por um ou mais personagens, cujo foco principal é prender a atenção do leitor por meio de um clima de tensão que se organiza em torno dos fatos e os faz avançar. 
Geralmente, o conflito determina as partes do enredo, representadas pelas referidas partes:


Introdução – É o começo da história, no qual se apresentam os fatos iniciais, os personagens, e, às vezes, o tempo e o espaço.

Complicação – É a parte em que se desenvolve o conflito.

Clímax – Figura-se como o ponto culminante de toda a trama, revelado pelo momento de maior tensão. É a parte em que o conflito atinge seu ápice.

Conclusão ou desfecho final – É a solução do conflito instaurado, podendo apresentar final trágico, cômico, triste, ou até mesmo surpreendente. Tudo irá depender da decisão imposta pelo narrador.

9.2.1. NARRAÇÃO COMERCIAL
 
- É o relato de acontecimentos diversos. Esses acontecimentos podem ser empresariais reais ou possíveis.
- Na Narração Comercial o relato de acontecimento deve ser exposto com rapidez e com foco apenas no que é significativo.
- A narração envolve: Personagens, fatos, épocas em que ocorreu o fato, o lugar em que ocorreu, como ocorreu e a causa do ocorrido.
- Nesse caso, o “Onde” e “Quem” (personagem), pertencem à introdução e o “Por que” (causa) pertencem à conclusão.
- A narração deve ter um significado, sendo necessário forçar a seleção de fatos relevantes.
- Recomenda-se cuidado especial na escolha dos verbos.

 9.3. DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA

Texto dissertativo-argumentativo é um texto opinativo que se organiza na defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto.
Nele, a opinião é fundamentada com explicações e argumentos, para formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende uma tese, uma opinião, e é dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la. Um texto dissertativo difere de um texto dissertativo-argumentativo por não haver a necessidade de demonstrar a verdade de uma ideia, ou tese, mas apenas de expô-la.
Seu objetivo é, em última análise, convencer ou tentar convencer o leitor mediante a apresentação de razões, em face da evidência de provas e à luz de um raciocínio coerente e consistente.

Um texto dissertativo-argumentativo deve combinar dois princípios de estruturação:

I – apresentar uma tese, desenvolver justificativas para comprovar essa tese e uma conclusão que dê um
fecho à discussão elaborada no texto, compondo o processo argumentativo.

TESE – É a ideia que você vai defender no seu texto. Ela deve estar relacionada ao tema e deve estar apoiada em argumentos ao longo da redação.

ARGUMENTO – É a justificativa utilizada por você para convencer o leitor a concordar com a tese defendida. Cada argumento deve responder à pergunta “por quê?” em relação à tese defendida.

II – utilizar estratégias argumentativas para expor o problema discutido no texto e detalhar os argumentos utilizados.

ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS – São recursos utilizados para desenvolver os argumentos, de modo a convencer o leitor:
• exemplos;
• dados estatísticos;
• pesquisas;
• fatos comprováveis;
• citações ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto;
• alusões históricas; e
• comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos.

Por exemplo, para desenvolver um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado” (ENEM 2011), você poderia desenvolver:

Tese: O excesso de exposição da vida privada nas redes sociais pode ter consequências graves, como situações de violência cibernética.

Argumentos:
1. explicação sobre o que é violência cibernética;
2. dados de pesquisas que comprovam a tese;
3. exemplos de situações de violência, como o cyber bullying;
4. depoimento de especialista no assunto; e
5. contra-argumento: aspectos positivos das redes sociais.

Proposta de intervenção: Alertar os jovens, por meio de campanhas, tanto na escola, por professores, como em casa, com os familiares, sobre os perigos da superexposição nas redes sociais.

 9.4. LINGUAGEM DISSERTATIVA  

O encadeamento de figuras e temas. O que significa isso? Chamamos figuras os elementos do mundo natural, e no texto, os elementos que o compõem. O texto está cheio de substantivos, personagens, coisas reais ou imaginárias, enfim, referências que o sentido aponta. E como essas coisas entram nessa trama, nesse tecido, que é o texto? - Pela arte do modo de narrar, de persuadir, de falar. Essa é a tematização. Desse modo, a arte de tematizar é saber colocar os argumentos e as figuras com coerência e coesão no fio dos enunciados - é isso que chamamos de encadeamento de figuras e temas.
A linguagem neste tipo de texto é denotativa, isto é, preocupada com a informação. Deve ser uma linguagem impessoal e objetiva, com emprego da forma culta e formal da língua. Isto não significa que não se pode usar recursos poéticos, históricos e recursos linguísticos. Todo enriquecimento do texto é importante.
Os tempos verbais dos textos dissertativos argumentativos, ou seja, do mundo comentado, são predominantemente os tempos verbais do presente. No entanto, para dar maior ênfase aos textos, ou até, menor comprometimento, pode-se usar tempos do mundo narrado, ou seja, os do pretérito. A isso é o que se chama demetáfora temporal.
Quanto a argumentação nos textos dissertativos, o  que se faz num texto dissertativo é explicar o assunto, é discorrer sobre ele, é fazer uma exposição do tema. Até não se deve ter tanta preocupação em persuadir o leitor e sim, passar as informações que se pretende - passar conhecimentos verdadeiros.
Diante do tema, o autor deve se posicionar diante do assunto e, através dos seus argumentos, mostrar o seu conhecimento de mundo com clareza, com domínio da língua, selecionando os conteúdos pelos seus valores reais, organizando-os de forma coesa e manter coerência entre os assuntos, os quais serão fechados na conclusão, completando assim, o ponto de vista inicial. Lembrar-se da importância da postura crítica.

10.PRONOMES
 Pronome é a classe de palavras que substitui o substantivo (nome). Tem a finalidade de indicar a pessoa do discurso ou situar no tempo e espaço.
Pronome substantivo é aquele que desempenha a função de substantivo. Exemplo: Ela é minha convidada.
Pronome adjetivo é aquele que acompanha ou modifica um substantivo. Exemplo: Minha caneta é azul, aquelas canetas são azuis.

10.1. PRONOMES DE TRATAMENTO

É importante lembrarmos que eles representam a forma pela qual nos atribuímos às pessoas, como já foi dito anteriormente. São eles:
Pronomes de tratamento
Abreviatura
Singular
Abreviatura
Plural
Usados para:
Você
V.
VV.
Usado para um tratamento íntimo, familiar.
Senhor, Senhora
Sr., Sr.ª
Srs., Srª.s
Pessoas com as quais mantemos um certo distanciamento mais respeitoso
Vossa Senhoria
V. S.ª
V. Sª.s
Pessoas com um grau de prestígio maior. Usualmente, os empregamos em textos escritos, como: correspondências, ofícios, requerimentos, etc.
Vossa Excelência
V. Ex.ª
V. Ex.ªs
Usados para pessoas com alta autoridade, como: Presidente da República, Senadores, Deputados, Embaixadores, etc.
Vossa Eminência
V. Em.ª
V. Em.ªs
Usados para Cardeais.
Vossa Alteza
V. A.
V V. A A.
Príncipes e duques.
Vossa Santidade
V.S.
       -
Para o Papa.
Vossa Reverendíssima
V. Rev.mª
V. Rev.mªs
Sacerdotes e Religiosos em geral.
Vossa Paternidade
V. P.
VV. PP.
Superiores de Ordens Religiosas.
Vossa Magnificência
V. Mag.ª
V. Mag.ªs
Reitores de Universidades
Vossa Majestade
V. M.
V V. M M.
Reis e Rainhas.
Observação importante:
# O pronome de tratamento concorda com o verbo na 3ª pessoa. Por exemplo:Vossa Senhoria está feliz.
#Quando se referir à 3ª pessoa, o pronome de tratamento é precedido de sua:
Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje ao Brasil.

10.2. PRONOMES RELATIVOS

Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelecem relação entre duas orações.

Não conhecemos o alunoO aluno saiu.

Não conhecemos o aluno que saiu.

Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda oração com a primeira.

Os pronomes relativos são os seguintes:

Variáveis
O qual, a qual
Os quais, as quais
Cujo, cuja
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas

Invariáveis
Que (quando equivale a o qual e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Onde (quando equivale a no qual e flexões)

Emprego dos pronomes relativos 

1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.
                                                              preposição exigida     pronome        termo regente
                                                                      pelo verbo           relativo
Havia condições      
    a             
   que 
 nos opúnhamos. (opor-se a)                          
Havia condições
  com   
   que  
 não concordávamos. (concordar com)
Havia condições
  de
   que
 desconfiávamos. (desconfiar de)
Havia condições
   -
   que
 nos prejudicavam. (= sujeito)
Havia condições
 em
   que
 insistíamos. (insistir em)                               

2. O pronome relativo quem se refere a uma pessoa ou a uma coisa personificada.

Não conheço a médica de quem você falou.
Esse é o livro a quem prezo como companheiro.

3. Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro é classificado comopronome relativo indefinido. 

Quem atravessou, foi multado.

4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição.

João era o filho a quem ele amava.

5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.

Conheço bem a moça que saiu.
Não gostei do vestido que comprei.
Eis os instrumentos de que necessitamos.

6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o (a, os, as).

Sei o que digo. (o pronome o equivale a aquilo)

7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).

Aquele é o machado com que trabalho.
Aquele é o empresário para o qual trabalho.

8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.

Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.

9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.

Recolheu tudo quanto viu.

10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual. 

Esta é a terra onde habito.

a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser usado sem antecedente.

Nunca mais morei na cidade onde nasci.

b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale apara onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.

As crianças estavam perdidas, sem saber aonde ir.

11. PALAVRAS QUE SUSCITAM DÚVIDAS QUANTO À ESCRITA

Como se escreve isso?
Quem já não teve problemas na hora de escrever certas palavras? Você já teve?
Não se envergonhe,isso é normal !
Afinal se a gente escreve "Exercito" com "X" e pronuncia "Ezercito" como se tivesse um "Z" isso não é de estranhar.
Aqui estão algumas  palavras que geralmente  dão problemas na escrita. Conheça-as e escreva certo!

Algumas dicas

·           A anos/ Há anos
Na indicação de tempo, emprega-se há para indicar tempo passado (equivalente a “faz”).
dois meses que ele não aparece.

Utiliza-se a para indicar tempo futuro.
Daqui a dois meses ele aparecerá.

·         Há muito tempo atrás
Essa construção é pleonástica, redundante. O verbo haver, referindo-se a tempo, dispensa o adverbio atrás porque sempre indica tempo passado. Escreva simplesmente: Há muito tempo...

·         A gente vai
Não há inconveniente algum em usar-se a expressão a gente para designar quem está falando (eu ou nós), desde que se deixe o verbo no singular.
A gente deve chegar à tarde.
A gente conhece bem nossos inimigos

·         Câmara/câmera
Em qualquer que se dê a esta palavra, a grafia câmara é sempre correta: Câmara dos Deputados, Câmara fotográfica, etc.
Quando se quere designar o aparelho que capta e reproduz imagens, ou a pessoa que o utiliza, pode-se usar a forma variante câmera: câmera (ou câmara) fotográfica, câmera (ou câmara) da televisão.

·         Comprimento/ cumprimento
Comprimento é o mesmo que “extensão de uma linha”, “distância longitudinal de um objeto”. Do mesmo radical deriva o adjetivo comprido.
o sofá era muito comprido para aquela sala.

Cumprimento pode ser o ato ou efeito de cumprir (cumprimento de uma promessa) ou saudação. Cumprimentar.
Ana cumprimente sua prima.

12. TÉCNICAS DO RESUMO DE UM TEXTO

1- Resumir um texto é condensar as ideias principais, respeitando o sentido, a
estrutura e o tipo de enunciação, isto é, os tempos e as pessoas, com a ajuda do
vocabulário e do estilo pessoais.
2- Metodologia

O trabalho de análise do texto

1- Ler o texto;
2- Sublinhar as palavras-chave para identificar a rede semântica
(significado das palavras ou/e interpretação de frases);
3- Identificar os articuladores do discurso e as relações que estabelecem
entre si;
4- Identificar as ideias essenciais (as partes que constituem um texto);
colocar alíneas na margem e atribuir-lhe um título (de preferência
nominal).

O trabalho de organização

1- Distinguir o essencial do acessório;
2- Organizar a sequência estrutural de um texto

O trabalho de redação

1- Respeitar a ordem por que o autor apresenta as ideias;
2- Evitar qualquer opinião pessoal ou comentário. O resumo deve ser
impessoal;
3- Respeitar a extensão do resumo; se não forem indicadas as palavras
ou as linhas do resumo, este deverá ser um quarto do original;
4- Não usar expressões ou frases inteiras (citações) do texto base; pode
usar-se a rede semântica identificada, colocando aspas;
5- Não utilizar o diálogo.

Regras

1- Supressão de repetições, de fórmulas, interjeições; de
exemplos, citações …
2- Generalização: substituir alguns elementos, como palavras ou
ideias, por outros mais gerais;
3- Seleção: distinguir bem o essencial do acessório, suprimindo os
elementos que exprimam pormenores …;
4- Construção: manter tempos e pessoas, respeitar a ordem do texto,
fazer tantos parágrafos quantas as partes que contiver o plano (as
alíneas, as ideias-chave …), conservar a estrutura do texto de partida,
ligar logicamente as frases redigidas.

Técnicas

1- Substituir um grupo de palavras por uma única palavra:
1.1. Substituir um grupo de palavras por um nome;
1.2. Substituir um grupo de palavras por um adjetivo;
1.3. Substituir por verbo, advérbio, etc..
2- Substituir uma enumeração por ou vários termos englobantes;
3- Saber utilizar sinónimos;
4- Manter o sistema de enunciação (utilizar o mesmo sistema
pronominal – manter os mesmos pronomes pessoais;
5- Estabelecer as redes lexicais.

13. ELEMENTOS DE TEXTUALIDADE

Redigir um texto é para muitos uma tarefa difícil. Inúmeros contratempos começam a surgir, e um deles é a insuficiência de conteúdo. As ideias não fluem e, mesmo quando surgem, há uma certa dificuldade em organizá-las. Tal atitude muitas vezes corrobora para um sentimento de frustração e incapacidade por parte do emissor.

O fato é que a escrita é algo que requer habilidade, determinação, paciência e aperfeiçoamento constante. Habilidades essas que gradativamente vão sendo conquistadas de acordo com o hábito da leitura e com a constante busca por informações, no intuito de ampliarmos nossa visão de mundo, e com a convivência diária enquanto seres eminentemente sociais.

Fundamentalmente, é preciso que haja clareza quanto à mensagem que ora se deseja transmitir. E para tal, faz-se necessário planejar, selecionando cuidadosamente as palavras, articulando bem as ideias, de modo a distribuí-las em períodos curtos e adequando-as à modalidade textual, tendo em vista  a intencionalidade comunicativa ora em questão.

Na medida em que vamos expressando nossos pensamentos não nos atemos para uma constante revisão, pois isso pode corromper nossa linha de raciocínio. Entretanto, uma releitura é capaz de detectar possíveis falhas ortográficas e gramaticais, como também permite-nos acrescentarmos ou suprimirmos ideias, entre outros procedimentos.

A fim de aprimorarmos nossa competência no que tange às técnicas composicionais da linguagem escrita, analisaremos a seguir alguns elementos primordiais que colaboram para a clareza textual:

 
13.1. PRAGMÁTICOS

·         INTENCIONALIDADE -  A intencionalidade revela o esforço feito pelo produtor para estabelecer um discurso coerente e coeso a fim de cumprir o seu objetivo comunicativo em função do receptor.

·         ACEITABILIDADE -  A aceitabilidade é inerente ao receptor, que analisa e avalia o grau de coerência, coesão, utilidade e relevância do texto capaz de levá-lo a alargar os seus conhecimentos ou de aceitar a intenção do produtor.

·         SITUCIONALIDADE - A situcionalidade é responsável pela adequação do texto ao contexto sócio comunicativo.

·         INFORMATIVIDADE. A informatividade responde pela suficiência de dados no texto, como também pelo grau de previsibilidade nas ocorrências no plano conceitual e no formal.

13.2. LINGUÍSTICOS

·         COESÃO – É o conjunto de recursos linguísticos responsáveis pelas ligações que se estabelecem entre os termos de uma frase, entre orações referentes a um período, fazendo com que, esteticamente, os parágrafos se apresentem de forma harmoniosa, tornando o texto agradável à leitura. 

Representando tais recursos, figuram-se as conjunções, os pronomes e os advérbios. Como demonstra os termos em destaque, contidos no exemplo a seguir:

“A vida nos reserva grandes surpresas, algumas boas, outras ruins. Nesse confronto é preciso que estejamos aptos a enfrentar os obstáculos, como também nos deleitarmos diante dos momentos felizes”. 

·         COERÊNCIA – Trata-se do próprio sentido atribuído ao texto, ou seja, a logicidade pertinente às ideias expressas, fazendo com que se estabeleça uma efetiva interação entre os interlocutores envolvidos no discurso. 

A coerência se liga a dois fatores básicos: ao conhecimento extralinguístico do emissor e do receptor, envolvendo sua visão de mundo, e ao conhecimento linguístico, envolvendo os fatos pertinentes à língua como um todo.

13.3. ELEMENTOS COESIVOS REFERENCIAIS

Os elementos de referência, nesse caso, são usados para reforçar uma ideia dita antes da forma remissiva, como também antecipar algo que vai ser dito posteriormente. Concretiza-se que só haverá paralisação no uso desses elementos com o aparecimento de novas manifestações discursivas, que consequentemente trarão à tona novas formas remissivas, sem com isso fugir da temática textual.

Observe-se os exemplos: 
1-Luana mora com a tia. Ela faz faculdade de direito. Ela – retomada de Luana
Ú anáfora
2- João ganhou um cachorro. O cachorro chamava-se lulu. “Um cachorro”, informação para a frente, “o cachorro”
Ú catáfora 

13.4.OS PRINCIPAIS ELEMENTOS COESIVOS SÃO:

Preposições (a, de, para, com);
Conjunções (que, enquanto, embora, mas, porém, todavia);
Pronomes (ele, ela, sua, este, aquele, o qual);
Advérbios e locuções adverbiais (aqui, lá, logo, antes, dessa maneira, aos poucos);
Palavras denotativas (afinal, inclusive, senão, apenas, então, entre outras). 




14. DOCUMENTOS EMPRESARIAIS/COMERCIAIS

14.1. MEMORANDO

Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.
Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

Exemplo de Memorando


14.2.“OFÍCIO- CIRCULAR”, “CARTA – CIRCULAR”



1.                  Para se redigir um ofício circular, é necessário muito tato, fazendo com que em sua apresentação e redação, possuam características e qualidades de uma correspondência oficial ou pessoal. Existem algumas normas que fazem parte da composição de um ofício, que são as seguintes: o cabeçalho, geralmente no cabeçalho do ofício, conta com o timbre do órgão publico; logo mais abaixo fica o índice do ofício circular, onde consta o número do ofício seguido do ano em que foi redigido (exemplo: 01/2012); em seguida consta o nome do município do órgão expedidor do documento e a data em que o ofício circular foi redigido (exemplo: São Paulo, 6 de março de 2012.), onde o nome do mês sempre será em minúsculo, os dias de 1 a 9, jamais poderão ser precedidos pelo zero, e após o ano, sempre com ponto final, pois trata-se de uma frase nominal.

2.        As margens de um ofício circular, já são definidas pelo cabeçalho padrão, onde possui 2,5 cm para a margem esquerda, e 2 cm para a margem direita. Em seguida é necessário informar o vocativo, entre o índice e o vocativo, são necessários de 2 a 4 espaços simples, o que vai depender do tamanho do texto que constituirá o ofício circular. Deve-se sempre iniciar com letra maiúscula, onde o vocativo adequado é "Senhor (a) Cliente:" sempre seguido de dois pontos.

3.      O próximo passo é redigir o corpo do texto. Entre o vocativo e o corpo do texto, é recomendado 2 espaços simples. O corpo do texto conta com as informações da qual o órgão remetente deseja transmitir aos outros destinatários. Entre os parágrafos do corpo do texto, é utilizado o espaçamento de 6 pontos. Após a inserção do corpo do texto, utiliza-se um espaço simples e centralizado, para separar o corpo do texto do fechamento do ofício circular.

4.    Os principais fechamentos utilizados são, "Atenciosamente", utilizados para autoridades de mesma hierarquia ou inferior, ou "Respeitosamente", utilizada para autoridades de hierarquia superior. Os fechamentos são sempre seguidos de vírgula, por serem advérbios. Do fechamento à assinatura, são utilizados 3 espaçamentos simples e centralizado. Entre o nome do signatário e o cargo ou função, são utilizados 2 espaços simples. Jamais se utiliza a anteposição de títulos profissionais, já que o signatário assina o documento em razão de seu cargo ou função.
No rodapé do ofício circular, consta o destinatário, sendo desnecessário o uso de 
tratamentos (DD. – Digníssimo, por exemplo), sendo suficiente o pronome de tratamento Senhor(a). É necessário que o signatário assine ou rubrique cada oficio circular.

 14.3.ORDEM DE SERVIÇO

A ordem de serviço é um documento que tem a função de emitir comunicações internas em uma empresa a respeito de um trabalho que precisa ser efetuado.

É necessário que a ordem tenha número e data, a qual é colocada antes do nome de quem assina, com indicação do cargo.

Veja um exemplo:
 
Ordem de serviço nº 01


O Departamento de Processos comunica a seus funcionários que, a partir do dia 1º do próximo mês, não haverá mais o sábado de trabalho, pois a jornada passará para 8 horas diárias, ou seja, 40 horas semanais. Certo de que não haverá dúvidas.



Em 25 de janeiro de 2009.


_______________________
Chefe do Departamento de Processos 




14.4.OFÍCIO

O ofício é um tipo de documento endereçada à uma autoridade com o objetivo de comunicar um fato ou realizar uma solicitação em caráter oficial




14.5. REQUERIMENTO 

Antes de nos inteirarmos mais do assunto em questão, seria interessante analisarmos literalmente a palavra requerimento:

Requerimento deriva-se do verbo requerer, que, de acordo com seu sentido denotativo, significa solicitar, pedir, estar em busca de algo. E principalmente, que o pedido seja deferido, ou seja, aprovado.

Podemos fazer um requerimento a um órgão público, a um colégio, a uma faculdade, e mais a uma infinidade de outros destinatários.

É importante sabermos que o requerimento pertence à chamada Redação Técnica, pois como todo texto, o mesmo constitui-se de algumas técnicas específicas para redigi-lo.

Observemos, portanto, o modelo a seguir:
 
Il.mº. SR. Diretor da Escola Estadual Dom Bosco

(Nome da pessoa que solicita o requerimento), aluna regularmente matriculada no nono ano do ensino fundamental desta escola, vem respeitosamente solicitar a V. Sª a expedição dos documentos necessários à sua transferência para outro estabelecimento de ensino.
Nestes termos, pede deferimento

Londrina, 04 de novembro de 2008.
(Assinatura)


Quanto à estrutura, ele compõe-se de:

Título da autoridade - A quem se dirige o texto

Texto
# Nome do solicitante
#Identificação do solicitante
# Exposição do que
 se quer


Fecho
#A fórmula convencional
# Local e data
#Assinatura 


Observações importantes: 

# Num requerimento, as expressões “abaixo-assinado”, “muito respeitosamente” e outra que já se tornaram arcaicas, devem ser abolidas.

# O nome do solicitante deve vir acompanhado de informações que o identifiquem, conforme a natureza do requerente.

# Para se fazer o pedido, pode-se usar uma das seguintes formas:
Pede a V. S.ª, Solicita a V. S.ª, Requer a V. S.ª 


# As fórmulas convencionais de requerimento admitem as seguintes variações:
• Pede a aguardar de ferimento - P. e A. D.
• Termos em que pede deferimento
• Espera deferimento - E. D.
• Aguarda deferimento - A. D.

14.6. RELATÓRIO

O relatório é utilizado nas áreas de pesquisa científica e técnico-administrativa. Seu objetivo é informar resultados de trabalhos, pesquisas, visitas, projetos e outros. Deve ser claro e rigorosamente completo e fiel à realidade. 
O relatório deve conter uma folha de rosto, o sumário, a sinopse, a introdução, o desenvolvimento e as conclusões ou considerações finais, exatamente nesta ordem. Deve ser, ainda, divido em duas partes: o relatório parcial, que presta contas de uma parte já concluída do trabalho, e o relatório final, no qual se descreve toda a atividade e inclui uma ideia global dos resultados. 
Há também o relatório técnico-administrativo ou científico. Este inclui outros tipos de redação técnica, tais como descrição de objetos, narrativa de fatos, sumário e argumentação. Entre os vários tipos de relatório administrativo encontram-se os de rotina, de tomada de contas e o contábil. 

14.6.1. RELATÓRIO ADMINISTRATIVO

O Relatório da Administração apresenta os principais resultados alcançados, o qual divulga informações que possibilitam o conhecimento da Instituição, assim como seus objetivos e políticas, em complemento às peças contábeis e notas explicativas contidas nas Demonstrações Financeiras. O Relatório da Administração expõe um quadro completo das posturas e do desempenho da administração na gestão e alocação dos recursos que se encontram a ela confiados.

Modelo de relatório administrativo

RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO NATURA  2012
MENSAGEM DA PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
Como sonhamos o futuro
Há 72 anos, o livro Brasil, um País do Futuro era lançado em seis idiomas, apresentando um Brasil de grandes potenciais ao mundo. Seu autor, o escritor e jornalista austríaco Stefan Zweig, atormentado pela Segunda Guerra Mundial e por toda a insensatez daquele momento histórico, via no Brasil as condições geográficas e culturais para o desenvolvimento de uma sociedade mais tolerante, justa e feliz. A repercussão do livro tornou seu título praticamente um epíteto. Para muitos, uma profecia.
As condições peculiaríssimas deste início de século 21 configuram novamente um cenário de crise global, de complexa interação entre fenômenos econômicos, sociais e ambientais. Nesse contexto, enquanto as economias do chamado mundo desenvolvido oscilam entre a lenta recuperação e a agonia de políticas recessivas, acompanhamos a emergência de países como a China, a Índia, o
México e o próprio Brasil. Terá o futuro idealizado por Zweig finalmente saído da utopia e alcançado o presente?
Acreditamos que ainda não. Avançamos, é verdade. No Brasil dos últimos 25 anos, a partir da promulgação da nova Constituição, da consolidação das instituições democráticas e da estabilização da economia, novos e múltiplos instrumentos permitiram avanços nos direitos individuais e coletivos; e no acesso à educação, ao emprego e à renda; e na proteção ambiental. Ao mesmo tempo, temos o dever de zelar por essas conquistas e consolidá-las, para que outros desafios possam ser resolvidos e nossa sociedade continue evoluindo.
Na América Latina, onde estão nossos principais mercados de atuação, constatamos que a região vive um período de crescimento constante, ainda que de forma heterogênea, persistindo as desigualdades sociais. Já no âmbito global, a atual crise pode nos dar a oportunidade de fundar as bases de um novo capitalismo que promova um modelo de desenvolvimento sustentável, justo e inclusivo. O futuro, portanto, está em construção, e essa obra é responsabilidade de cada um de nós, cidadãos, governos, organizações da sociedade civil e empresas. A visão de empreender um projeto coletivo de empresa em torno de propósitos comuns tem impulsionado a Natura ao longo do tempo. Nossos fundamentos, baseados na busca pela qualidade das relações, têm sido compartilhados por um universo cada vez maior de pessoas.
Em 2012, nos orgulhamos de ter atingido o melhor patamar de nossa história na qualidade da prestação de serviço aos nossos mais de 1,5 milhão de consultoras e consultores, com os quais dividimos riquezas e compartilhamos sonhos, vislumbrando em cada um deles uma imensa capacidade empreendedora, capaz de produzir soluções inovadoras para toda a sociedade.
Seguimos entusiasmados com o potencial transformador dessa nossa rede de relações, que se expande para novas geografias e que pode ser impulsionada e acelerada pelas novas tecnologias digitais. Afinal, o que nos move é o desejo de transformar desafios socioambientais em negócios inovadores; consolidar uma cultura empresarial mais solidária e comprometida com a geração de prosperidade compartilhada; produzir riqueza para as pessoas e para a sociedade; nos relacionar com consumidores mais conscientes; construir a cidadania; e ampliar a qualidade de vida.
Entendemos que, como sociedade, ainda temos um longo caminho pela frente até que se consiga difundir, de forma ampla, a consciência de que somos todos interdependentes e que provocamos, com nossas decisões individuais e coletivas, impactos relevantes sobre o nosso habitat. Essa consciência disseminada é, ao nosso ver, a chave para colocar nossa criatividade, nossos conhecimentos e tecnologias a serviço do redesenho de nosso modo de vida futuro.
Portanto, acreditamos que as qualidades valorizadas por tantos e que originaram a apologia de
Zweig para o Brasil merecem uma releitura, um ampliado entendimento do que deveria constituir os fundamentos de uma nova sociedade global. Por isso, no momento em que agradecemos a todos que contribuíram para os bons resultados de 2012, reafirmamos o compromisso de atuar lado a lado com nossa rede de relações para avançarmos na construção desse futuro.
Com a amizade de
Antonio Luiz da Cunha Seabra
Guilherme Peirão Leal
Pedro Luiz Barreiros Passos
Copresidentes do Conselho de Administração

14.6.2. RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO

É o documento original pelo qual se faz a difusão da informação corrente, sendo ainda o registro permanente da informações obtidas. É elaborado principalmente para descrever experiências, investigações, processos, métodos e análises.

Geralmente a elaboração do relatório passa pelas seguintes fases:
a) plano inicialdeterminação da origem, preparação do relatório e do programa de seu desenvolvimento;
b) coleta e organização do materialdurante a execução do trabalho, é feita a coleta, a ordenção e o armazenamento do material necessário ao desenvolvimento do relatório.
c) redação: recomenda-se uma revisão crítica do relatório, considerando-se os seguintes aspectos: redação (conteúdo e estilo), següência das informações, apresentação gráfica e física

ESTRUTURA DO RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 

Os relatórios técnico-científicos constituem-se dos seguintes elementos:

Capa
Deve conter os seguintes elementos:
·         Nome da organização responsável, com subordinação até o nível da autoria;
·         Título;
·         Subtítulo se houver;
·         Local;
·         Ano de publicação, em algarismo arábico.

Falsa folha de rosto
Precede a folha de rosto. Deve conter apenas o título do relatório.

Verso da falsa folha de rosto
Nesta folha elabora-se padronizadamente, a "Ficha catalógráfica" (solicite auxílio ao Bibliotecário da sua área, para a confecção da mesma).
Lista de erros tipográficos ou de outra natureza, com as devidas correções e indicação das páginas e linhas em que aparecem. É geralmente impressa em papel avulso ou encartado, que se anexa ao relatório depois de impresso.

Folha de rosto
É a fonte principal de identificação do relatório, devendo conter os seguintes elementos:
a) nome da organização responsável, com subordinação até o nível de autoria;
b) título;
c) subtítulo, se houver;
d) nome do responsável pela elaboração do relatório;
e) local;
f) ano da publicaçào em algarismos arábicos

Sumário
Denominado Contents em inglês, Table des Metières em francês, Contenido em espanhol, é a relação dos capítulos e seções no trabalho, na ordem em que aparecem. Não deve ser confundido com:
a) índice: relação detalhada dos assuntos, nomes de pessoas, nomes geográficos e outros, geralmente em ordem alfabético;
b) resumo: apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse e importância;
c) listas: é a enumeração de apresentação de dados e informação (gráficos, mapas, tabelas) utilizados no trabalho.

Listas de tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos 

Listas de tabelas e listas de ilustrações são as relações das das tabelas e ilustrações na ordem em que aparecem no texto.
As listas têm apresentação similar a do sumário. Quando pouco extensas, as listas podem figurar sequencialmente na mesma página.

Resumo

Denominado Resumé em francês, Abstracts em inglês, Resumen em espanhol, é a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior importância e interesse. Não deve ser confundido comSumário, que é uma lista dos capítulos e seções. No sumário, o conteúdo é descrito pôr títulos e subtítulos, enquanto no resumo, que é uma síntese, o conteúdo é apresentado em forma de texto reduzido.

Texto

Parte do relatório em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Conforme sua finalidade, o relatório é estruturado de maneira distinta.
O texto dos relatórios técnico-científicos contém as seguintes seções fundamentais:
a) introdução: parte em que o assunto é apresentado como um todo, sem detalhes.
b) desenvolvimento: parte mais extensa e visa a comunicar os resultados obtidos.
c) resultados e conclusões: consistem na recapitulação sintética dos resultados obtidos, ressaltando o alcance e as conseqüências do estudo.
d) recomendações: contêm as ações a serem adotadas, as modificações a serem feitas, os acréscimos ou supressões de etapas nas atividades.

Anexo (ou Apêndice)

É a matéria suplementar, tal como leis, questionários, estatísticas, que se acrescenta a um relatório como esclarecimento ou documentação, sem dele constituir parte essencial. Os anexos são enumerados com algarismos arábicos, seguidos do título.
Ex.: ANEXO 1 - FOTOGRAFIAS
...... ANEXO 2 - QUESTIONÁRIOS
A paginação dos anexos deve continuar a do texto. Sua localização é no final da obra.

Referências bibliográficas

São a relação das fontes bibliográficas utilizadas pelo autor. Todas as obras citadas no texto deverão obrigatoriamente figurar nas referências bibliográficas.
A padronização das referências é seguida de acordo com a NBR-6023/ago.1989 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técncias. Algumas pessoas, utilizam as normas americanas da APA - American Psychological Association, diferenciando-se uma da outra em alguns aspectos da estruturação.


Modo de organização física e visual de um trabalho, levando-se em consideração, entre outros aspectos, estrutura, formatos, uso de tipos e paginação.

Negrito, grifo ou itálico

São empregados para:
a) palavras e frases em língua estrangeira;
b) títulos de livros e periódicos;
c) expressões de referência como ver, vide;
d) letras ou palavras que mereçam destaque ou ênfase, quando não seja possível dar esse realce pela redação;
e) nomes de espécies em botânica, zoologia (nesse caso não se usa negrito);
f) os títulos de capítulos (nesse caso não se usa itálico).

Medidas de formatação do relatório

  • Margem superior:............ 2,5 cm
  • Margem inferior:.............. 2,5 cm
  • Margem direita:............... 2,5 cm
  • Margem esquerda:............3,5 cm
  • Entre linhas (espaço):........1,5 cm
  • Tipo de letra..................... Times New Roman ou uutro tipo de letra serifada(1)
  • Tamanho de fonte:............12
  • Formato de papel:.............A4 (210 X 297 mm)
·         Deixamos neste trabalho sugestões para procedimentos na apresentação de trabalhos técnico-científicos, principalmente o Relatório.
Entre os trabalhos publicados existentes na área, a divulgação deste roteiro ou manual, incorpora-se ao mundo eletrônico da Internet, o que vem possibilitar o acesso à consulta e até mesmo impressão de cópias, auxiliando aos iniciantes e veteranos pesquisadores, no aperfeiçoamento da padronização de seus relatórios, aproximando-se ao formato padrão exigido e aplicado na área de Metodologia da Pesquisa Científica.
De outra forma, encontramos dificuldade na apresentação padronizada dos documentos extraídos da Internet que necessitam de tratamento bibliográfico obedecendo aos padrões pré-estabelecidos, como os citados anteriormente, ABNT e APA.
Buscando facilitar, colocamos sites disponíveis na Internet que favorecem a organização das referências bibliográficas junto a cada tipo de documento indicado na pesquisa (principalmente os eletrônicos) e que não são indicados em manuais impressos.
Finalizando, pretendemos conforme as possibilidades, disponibilizar todas as fontes de informação para elaboração de trabalhos acadêmicos, em formato eletrônico pela Internet.

14.7.CARTA COMERCIAL

A carta comercial, também chamada de correspondência técnica, é um documento com objetivo de se fazer uma comunicação comercial, empresarial.

A redação comercial tem como características comuns:

a) clareza: o texto, além de ser claro, deve ser objetivo, como forma de evitar múltiplas interpretações, o que prejudica os comunicados e negócios.

b) estética: a fim de causar boa impressão, o texto deve estar bem organizado e dentro da estruturação cabível. Não pode haver rasuras ou “sujeiras” impregnadas ao papel.

c) linguagem: seja conciso e objetivo: passe as informações necessárias, sem ficar usufruindo de recursos estilísticos. Seja impessoal, ou seja, não faça uso da subjetividade e de sentimentalismo. E por fim, escreva com simplicidade, mas observando a norma culta da língua.

É muito importante que haja correção, pois um possível equívoco pode gerar desentendimento entre as partes e possíveis prejuízos de ordem financeira.

Como fazer uma carta comercial? Vejamos a estrutura que deve ser seguida:

1º passo: O papel deve ter o timbre e/ou cabeçalho, com as informações necessárias (nome, endereço, logotipo da empresa). Normalmente, já vem impresso.

2º passo: Coloque o nome da localidade e data à esquerda e abaixo do timbre. Coloque vírgula depois do nome da cidade! O mês deve vir em letra minúscula, o ano dever vir junto (2008), sem ponto ou espaço. Use ponto final após a data.

3º passo: Escreva o nome e o endereço do destinatário à esquerda e abaixo da localidade e data.

4º passo: Coloque um vocativo impessoal: Prezado(s) Senhor(Senhores), Caro cliente, Senhor diretor, Senhor Gerente, etc.

5º passo: Inicie o texto fazendo referência ao assunto, tais como: “Com relação a...”, “Em atenção à carta enviada..”, “Em atenção ao anúncio publicado...”, “Atendendo à solicitação...”, “Em cumprimento a...”, “Com relação ao pedido...”, “Solicito que...”, “Confirmamos o recebimento”, dentre outras.

Observação: Evite iniciar com “Através desta”, “Solicito através desta”, “Pela presente” e similares, pois são expressões pleonásticas, uma vez que está claro que o meio de comunicação adotado é a carta.

6º passo: Exponha o texto, como dito anteriormente, de forma clara e objetiva. Pode-se fazer abreviações do pronome de tratamento ao referir-se ao destinatário: V.Sª.; V. Exa.; Exmo.; Sr.; etc.

7º passo: Corresponde ao fecho da carta, o qual é o encerramento da mesma. Despeça-se em tom amigável: Cordialmente, Atenciosamente, Respeitosamente, Com elevado apreço, Saudações cordiais, etc.

Observação: Evite terminar a carta anunciando tal fato (Termino esta) ou de forma muito direta (Sem mais para o momento, despeço-me).

Modelo de carta comercial 
Loja da Maria

Maria e Cia. Ltda.
Comércio de utensílios
Av. João, 1000
Goiânia – GO
Goiânia, 03 de março de 2008.
Ao diretor
Joaquim Silva
Rua das Amendoeiras, 600
Belo Horizonte – MG
 
Prezado Senhor:

         Confirmamos ter recebido uma reivindicação de depósito no valor três mil reais referente ao mês de fevereiro. Informamo-lhe que o referido valor foi depositado no dia 1º de março, na agência 0003, conta corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, pedimos que o Sr. verifique o extrato e nos comunique o pagamento. Pedimos escusas por não termos feito o depósito anteriormente, mas não tínhamos ainda a nova conta bancária.
         Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de elevada estima e consideração.
Atenciosamente,
Amélia Sousa
Gerente comercial 
14.8. ATA

É um documento, normalmente escrito à mão num livro com as folhas numeradas, e que descreve todos os factos assinaláveis dessa reunião. Deverá ser assinada pelos participantes. Fundamentalmente escrevem-se os pontos da ordem de trabalhos e as deliberações votadas. Obedece ao principio da publicidade. Dar conhecimento público das deliberações de uma sociedade. Direito Comercial

Para evitar qualquer modificação posterior a ata deve ser redigida de tal maneira que isso não seja possível: 
- sem parágrafos ou alíneas, ocupando todo o espaço da página;
- sem abreviaturas;
- números escritos por extenso;
- sem rasuras nem emendas;
- sem uso de corretivo
- com verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo;
- com verbo de elocução para registrar as diferentes opiniões. 

Se o relator cometer um erro, deve empregar a partícula retificativa “digo”, como neste exemplo: “Aos dezesseis dias do mês de julho, digo, de junho, de dois mil e cinco…” 
Quando se constatar erro ou omissão depois de lavrada a ata, usa-se em tempo: “Em tempo: Onde se lê julho, leia-se junho”. 

Veja a seguir um modelo de ata: 

1. Título da Reunião:
2. Cidade, dd de mm de aaaa das hh:mm as hh:mm:
3. Local:
4. Introdução: Descrição do título do evento, local, data, hora, participantes
5. Participantes: Nome completo/Instituição
6. Agenda: Agenda/pauta da reunião: temas tratados e respectivos responsáveis
7. Desenvolvimento: Descrição dos principais temas discutidos na reunião
8. Conclusões: Descrição das conclusões e decisões provenientes da reunião
9. Recomendações: Descrição das recomendações provenientes da reunião
10. Distribuição: Pessoas a quem a ata deve ser enviada

15. ADEQUAÇÃO VOCABULAR

Expressão, ou seja, domínio da norma culta da Língua Portuguesa e de suas estruturas (adequação vocabular, ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação).

15.1.TÓPICO FRASAL

O uso do tópico frasal em um parágrafo funciona como uma frase-núcleo, uma frase que resume todo o pensamento que será desenvolvido no corpo do parágrafo. Se no desenvolvimento, surgirem ideias que não estejam na frase inicial, é melhor o redator mudar de parágrafo.
O parágrafo deve apresentar unidade de composição, nele deve ser desenvolvida uma ideia central a que se juntam outras secundárias, mas relacionadas pelo sentido.
Como garantia da exposição das ideias devemos traçar os limites do parágrafo, pois a idéia central do que vai se expor, em uma sequência de orações, é recomendado para todos os redatores de carta comercial.
1 - O tópico frasal não deve ser genérico e sim específico.
Genérico: Enviamos grande quantidade de mercadorias que somam enorme montante de dinheiro.
Específico: Enviamos dez dúzias de sabonete X, cinco dúzia de colônias y, mercadorias que somam R$ 900,00.
2 Deve ser pormenorizado.
Sem pormenores: Enviamos um cheque há muito tempo
Com pormenores: Enviamos o cheque n° ----, no dia 17 de outubro, no valor de R$ 200,00.

15.2. ARGUMENTAÇÃO E OPINIÃO

Se no tópico frasal se argumentou com fatos, há possibilidade de convencer o leitor a estimulá-lo a continuar na leitura.
É necessário saber distinguir opinião de argumentação.
Opinião: é o modo pessoal de ver os fatos.
Não aceitamos tal mercadoria por está muito feia.
Argumento: é o raciocínio pelo qual se tira uma consequência ou dedução.
Não aceitamos os chuveiros elétricos e as torneiras que nos foram enviados por apresentarem defeitos. Aqueles chegaram amassados, estas com as roscas espanadas. (argumentação: a declaração envolve fatos.).

15.3. PRECISÃO VOCABULAR

O redator de cartas comerciais, deve empregar o termo exato no lugar certo, evitando, assim, palavras pouco conhecidas.

15.4.CONCISÃO

Pensamento conciso é resultado de reflexão.
A mensagem bem elaborada precisa ser bem pensada, bem elaborada, sem palavras repetidas, ecos e cacofonias.
Tem que ser revisada, corrigida, reescrita.
É preciso ter cuidado com os cortes para que a mensagem não fique destituída de conteúdo, seca, grosseira.
Mas é necessário e cuidar para que não tenha um palavreado que nada acrescenta, adjetivos que enfraquecem o conteúdo das ideias, enfraquecendo a leitura.
A concisão traz clareza e correção à frase.
"Quem muito escreve, corre o risco de errar mais".

16. PROBLEMAS COMUNS NA CORRESPONDÊNCIA

Para escrever e convencer, devemos ter:
·                    uma redação eficaz;
·                    escrever bem;
·                    redigir corretamente, respeitando a gramática (evitando erros grosseiros de ortografia, acentuação, crase, pontuação, concordância verbal e nominal).
·                    escrever com clareza;
·                    expor com habilidade um pensamento, sem deixar o receptor com dúvidas.
·                    expressões elegantes, educadas e gentis.

16.1. REPETIÇÕES DE IDEIAS, PALAVRAS, VERBOS AUXILIARES.

Entre os problemas comuns na correspondência, um deles está relacionado com a repetição de ideias e de palavras. Podemos resolver isso, fazendo uma leitura atenta em todas as cartas antes de enviá-las, para evitar a repetição de ideias e trocar as palavras repetidas por sinônimos.

16.2.VACUIDADE DAS EXPRESSÕES 

Na redação de modo geral, há entraves que prejudicam a clareza do texto e a eficiência da mensagem. Entre eles, destacam-se a pressa e a falta de reflexão, que geram constantes buscas de palavras imprecisa para tapar qualquer buraco na mensagem. Essas expressões que pouco ou nada acrescentam à mensagem, e por isso, podem ser eliminadas.
Um texto bem escrito, em geral, valoriza os substantivos e os verbos e economiza adjetivos e advérbios, bem como em clichês, lugares-comuns e frases feitas.

16.3. PROLIXIDADE

Cartas comerciais não devem ser escritas com muitas palavras. Devem-se evitar as palavras supérfluas, como por exemplo: adjetivos, advérbios, os verbos auxiliares.
Devemos usar palavras específicas, pertinentes ao assunto, com verbo no imperativo, evitando-se sempre que puder, a voz passiva.

16.4. PLEONASMO  

O pleonasmo transmite ao receptor a ideia de desleixo com a elaboração da mensagem.
Em geral, ele é resultado da pressa, da falta de rascunho, da ausência de correção.
Nesse caso, o emissor corre o risco de produzir uma mensagem que não atinja o objetivo, e portanto, não haverá comunicação.


16.5. AFETAÇÕES, COLOCAÇÕES EXAGERADAS.

As afetações e colocações exageradas, às vezes até contrárias a verdade, devem ser evitadas. Pois, além de hipócritas, não se justificam em uma mensagem comercial, que deve ser bem escrita, contundente, verdadeira.

16.6.GÍRIAS

A gíria é um outro obstáculo na redação comercial que o redator deve transpor. Em virtude de o vocabulário das pessoas de pouca escolaridade ter sido reduzido a algumas dezenas de palavras e a um punhado de expressões, a tendência agora, é redigir cartas com três linhas no máximo. Não é somente a falta de tempo, é a falta de reflexão para elaborar uma mensagem capaz de atingir o alvo. Pois são cartas sem nenhuma argumentação, que não levam a lugar nenhum.
Expressões de gíria podem ser admitidas entre jovens em conversas de grupos, em momentos de descontração, mas jamais podem ser admitidas em relações comerciais.
A linguagem adequada às cartas que transitam entre empresas é a mais gramatical possível.

16.7. ESTRANGEIRISMO

Na linguagem técnica, quando não se dispõe em português de termos apropriados, se justifica o uso de palavras estrangeiras.

16.8. LACONISMO

O laconismo carência de palavras ou estilo telegráfico) tem contribuído à perda de tempo e ineficácia da correspondência moderna. Em muitos casos, é fonte de equívocos, ambigüidades, incompreensão, perplexidade. Levando a discussões ociosas que seriam evitadas.
16.9. Empolgação

 A linguagem polixa, repleta de pleonasmos viciosos, redundâncias, perífrases intermináveis, abundante de figuras de linguagens, que não arrola fatos, mas apenas externa opiniões, não corresponde à finalidade da redação comercial.

16.9. EXPRESSÕES ANTIQUADAS (ARCAÍSMO)

Arcaísmo é uma palavra ou uma expressão antiga que já caiu em desuso. Podemos falar em arcaísmos linguísticos e em arcaísmos literários.

Arcaísmo linguístico é aquele encontrado no uso da língua em determinado local, onde há traços fonéticos, morfológicos, sintáticos e léxicos que são conservadores e antigos na língua.
Já Arcaísmo literário é aquele encontrado nas obras literárias, usados frequentemente como um recurso de estilo para tornar o texto mais solene, culto, decadente, etc. Eles consistem no uso de expressões típicas da época à qual o texto literário se refere, mas que já não são mais usadas na no momento em que o texto foi escrito. Quando se fala de um texto naturalmente antigo, portanto, os arcaísmos encontrado não são propositais, pois são expressões próprias da época em que o mesmo foi escrito
Quando falamos em linguagem técnica ou científica, o arcaísmo consiste em uma construção que já caiu em desuso, e que, portanto, prejudica a compreensão do texto. O costume de empregar no texto expressões antiquadas deve ser evitado, pois pode comprometer a clareza do texto para um leitor que não tenha os conhecimentos históricos necessários para recuperar o significado de tais termos.
Palavras que hoje são usuais para nós, no futuro fatalmente se tornarão arcaísmos, e os que hoje existem, antigamente foram palavras usuais. Isso acontece naturalmente devido ao processo de evolução da língua, devido a ela modificada pelos próprios falantes ao longo do tempo.
Podemos facilmente perceber algumas palavras que hoje são ainda utilizadas, mas que devido ao seu uso estar diminuindo cada vez mais, são certamente futuros arcaísmos. São exemplos desse fenômeno:
·                    O pronome vós (2ª pessoa do singular), que está sendo substituído pelo pronome de tratamento vocês.
·                    A mesóclise do pronome oblíquo (far-se-á, levantar-nos-emos).
·                    O pretérito mais que perfeito (amara, fizera, partira).
Vejamos outros exemplos de arcaísmos:
·                    Ceroula (cueca)
·                    Vosmecê (você)
·                    Outrossim (também)
·                    Quiçá (talvez)
·                    À guisa de (à maneira de)
·                    Apalermado (bobo)
·                    Magote (grande quantidade)
OBS: apesar de serem termos ultrapassados, a grande maioria dos arcaísmos são dicionarizados, ou seja, em caso de dúvida no significado, sempre podemos recorrer a um bom dicionário.























II - REFERÊNCIAS

José de Nicola, Ernani Terra; 1001 Dúvidas de Português; Editora Saraiva; 2ª Edição

http://resumoulisses.blogspot.com.br/2011/06/portugues-1-linguagem-comunicacao-e.html

http://www.brasilescola.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm

http://www.coladaweb.com/portugues/textos-literarios-e-nao-literarios

http://www.brasilescola.com/gramatica/funcoes-linguagem.htm

http://alunoesperto.com/o-segredos-da-redacao-empresarial

http://www.brasilescola.com/redacao/carta-comercial.htm

http://www.mundovestibular.com.br/articles/1262/1/Tecnicas-de-Redacao---Narracao-Descricao-e-Dissertacao/Paacutegina1.html

http://redafacil.blogspot.com.br/2010/01/7-descricao-tecnica-o-relatorio-e-o.html














http://www.assimsefaz.com.br/sabercomo/como-fazer-oficio-circular